Jornal de Teodora C

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03 agosto 2016

MINHA PRIMEIRA PEÇA DE ROUPA N°42, PELA SEGUNDA VEZ NA VIDA \O/

Oi amigos. Vou contar o que me aconteceu hoje, mas antes quero narrar um fato do passado...

Eu já tinha contado anteriormente que, por volta de 2011, quando eu tinha feito a bariátrica, cheguei ao menor corpo que já tive na vida. Na época creio que fui para uns 84 quilos.

Uma das alegrias que melhor me recordo de ter tido naquela época foi comprar a primeira peça de roupa da minha vida de número 42 (e de tecido que NÃO estica!). Eu tenho ela até hoje, está em algum lugar escondido do closet reservado para peças que não entravam mais.. É uma saia de cintura alta linda!
Fiquei muito feliz, pois eu nunca na vida tinha entrado num 42 e achei aquilo uma coisa surreal! rsrs

Aliás, o 44 já tinha sido maravilhoso, pois até onde me lembro o mínimo que eu chegara antes disso tinha sido no 46...
Mas o 42 teve todo um sabor especial, porque a minha vida inteira eu havia pensando que seria completamente impossível atingi-lo! :)

Nos últimos anos, porém, voltei pros 46 e 48 da vida... O 42 passou a ser um daqueles sonhos mágico que duram muito pouco, e que apertam o coração sempre que você lembra que já teve o gostinho num dia...

Corta a cena para 03 de agosto de 2016. A pessoa aqui volta a se reconciliar com o corpo, e consegue chegar nos 86kg, apenas dois quilinhos a mais do que chegou naquele ano de 2011... Bem pertinho mesmo, mas ainda não é a mesma coisa.

Aí hoje eu saí do trabalho e resolvi passar no shopping para comprar roupas de academia. Sim, para ver como eu mudei... Eu nunca na vida pensei que um dia compraria roupa de academia! Pensava que roupa de academia era aquela legging de helanca e camisetas de malha de viagem que a gente sempre tem em casa kkkkk

Até que um belo dia fui presenteada com duas leggings e duas camisetas realmente "fitness" por minha mamis. É incrível a diferença entre uma roupa normal e uma feita para malhar. Estas últimas são bem mais confortáveis, feitas para esquentar pouco, secar rápido, segurar as gordurinhas mesmo sob impacto, etc hehehe Além de serem muito mais bonita do que as roupas largas e velhas tiradas do fundo da gaveta...

Então hoje resolvi comprar mais umas peças dessas roupas, porque não consigo mais usar outra coisa, e as que ganhei da mamis não estão dando conta da minha animação com a academia!

Entrei em uma daquelas lojas de roupas populares, escolhi as calças, e acabei vendo que haviam algumas promoções no local. Resolvi dar uma espiadinha de leve nas araras, pois estou determinada a evitar comprar roupas no momento. Eis que vejo um vestido estampado, que achei a coisa mais linda do mundo!!! E tão baratinho! Não resisti e resolvi experimentar. Procurei, procurei, procurei... maior número que tinha era 42 :(

Pensei "afff, nunca vai entrar, com essa cintura marcada... e o tecido nem estica!" Mas resolvi levar pro provador assim mesmo, junto com as calças fitness... E gente, tchaaa raaannn.... entrou! :D :D :D

MINHA PRIMEIRA PEÇA 42! Primeira pela segunda vez, é verdade... Mas o gostinho é o mesmo, juro!

Não consegui não lembrar desse livro aqui ó, da Meg Cabot:

(Nada como ter um livro que garante que não sou mais gorda! hahaha)

Mas vá... sei que talvez seja apenas o formato do vestido, que é grande.... Mas quem liga? Afinal, descobri hoje, procurando no google, que a mesma autora lançou depois esse outro livro aqui ó:

E de fato, tamanho não importa! O importante é a sensação de conquista ao entrar numa roupa que você não entraria dois meses atrás, independente do número da etiqueta dela ;D

PS: Nunca li os livros acima descritos, mas até que agora deu vontade! Já leram?

PS2: Não comprei o vestido, pois não gostei muito dele no corpo... Acho que o modelo evasê dele não favoreceu, aumentou os quadris :( Mas tem problema não... há milhares de outros vestidos 42 lindos por aí me esperando :)

(2 comentários)

01 agosto 2016

Hoje me deu vontade de fazer um balanço da minha história com meu corpo, já que estou numa fase de querer me reconciliar de forma definitiva com ele (já passou da hora, né?)

Talvez eu esteja me expondo demais, porém, nessa minha nova meta "auto-conscientização corporal", acredito que vá até ser bom para eu encarar e aceitar definitivamente todos os erros e cicatrizes da minha histórias.

Vamos lá.

Eu sempre fui obesa, desde criança. Não consigo me lembrar quando na minha vida fiquei com peso abaixo de 60, pois me lembro de ter uns 8 anos de idade e já pesar em torno disso ai.

Essa foto da 4a série não me deixa mentir.

Aquele ser de cabelo esdrúxulo na segunda fileira, com o dobro do tamanho das demais crianças, sou eu rsrsrs Já me perguntaram como eu tenho coragem de mostrar essa foto para os outros, mas enfim, essa sou eu... não tenho como apagar o passado, e nem quero, pois o que sou hoje é produto de tudo que fui durante a minha vida inteira, tanto das alegrias quanto das dores.

Sempre fui muito alta e muito pesada, e a situação, com o tempo, só piorou (Mas vendo pelo lado bom, pelo menos o cabelo melhorou muito de lá pra cá hehehe)

Depois que fiz uns 13 anos, não consegui mais ficar abaixo dos 100. Não tenho muitas fotos dessa época, porque as máquinas digitais ainda não eram populares, e eu evitava a todo custo sair numa foto de corpo inteiro. Uma das raras que eu tenho é essa:

Mas acredite, durante meus 13 e 20 anos meu peso ficou oscilando entre 100 e 120 quilos (meu peso sempre oscilou muito, principalmente na juventude, quando até pra remédios de emagrecer eu recorri)

Até que por volta dos 21 eu simplesmente perdi o controle. Cheguei ao 140 quilos e até hoje juro que nem sei como... Eu passei muito tempo sem me pesar, e quando pesei levei um susto tremendo. Estava assim:

Além disso, eu, que mesmo gorda sempre fui uma pessoa considerada saudável, inclusive dedicando vários anos à natação, passei a ter problemas de saúde como apneia no sono e pressão alta. A depressão então nem se fala.. Foi quando eu passei por uma gastroplastia. Felizmente, minha cirurgia foi um sucesso e, cerca de um ano depois, eu atingi o menor peso que me recordo de já ter tido na minha vida. Apesar de não me recordar 100%, acredito que este peso tenha sido 83 ou 84 quilos. Como sou alta e tenho estrutura óssea acentuada, fiquei assim em 2011/2012:

Infelizmente, com o tempo, voltei a comer normalmente e, como sempre tive tendencia forte a engordar, aos poucos fui recuperando parte do peso perdido. Mais uma vez, minha reação foi a pior de todas: fugir do espelho e da balança, ignorando o que estava acontecendo comigo.

Em 2013, eu já estava assim:

Em 2015, eu cheguei no auge do meu peso pós-bariatrica. Creio que estava com uns 105 quilos aqui, mas como estava fungindo da balança, não tenho certeza:

Nesta época, por alguma razão, voltei a ficar consciente do meu corpo. Percebi o que estava fazendo comigo quando minha mãe veio me alertar sobre meu ganho de peso, pois ela, que me amava tanto e que acompanhou de perto todo o sofrimento e luta pela qual eu passei para realizar minha cirurgia de redução de estômago, não estava suportando me ver jogar fora, aos poucos, tudo que eu tinha conquistado.
Minha mãe é do tipo que nunca jogou na cara que eu era ou estava gorda... pelo contrário, ela é daquelas mães corujas, que diz que a filha é a mais lida de todas (hehehe) e que o importante não é ser magra, é ser saudável. Se ela estava me alertando daquele jeito, a situação tava ficando crítica.

Eu então voltei a fechar boca. Com redução de calorias, porém sem pisar na academia, e sem abrir mão das cervejinhas e do chocolate (ou seja, fazendo uma dieta bem meia-boca mesmo haha), consegui chegar nos 96 quilos aos pouquinhos, e assim estava em maio deste ano:

Aí resolvi que era hora de fazer as coisas do jeito certo. Entrei para a academia dia 28 de maio, porém no começo estava indo umas duas vezes na semana, e não fazia musculação, só andava uma horinha da esteira e era isso. Até que descobri que musculação ajuda sim a emagrecer, e também descobri que existe uma coisa milagrosa chamada HIT e que faz qualquer caminhada na esteira parecer uma soneca rsrs... Então, desde julho, troquei a esteira a 6km/h pela musculação e pelo HIT na bicicleta.

Foto do meio de junho, com 93kg:

Foto de 20 de julho deste ano, com uns 20 dias de musculação intensa e HIT. Meu peso aqui na foto era 88kg:

Além disso, estou cuidando bastante da alimentação. Cortei frituras, açúcar (inclusive o das frutas, por enquanto), sal (exceto o sódio encontrado naturalmente nos alimentos) e o trigo. Quero cortar a lactose em breve. E também o adoçante dietético (já consigo tomar café puro, e em breve conseguirei cortar o adoçante também de outras receitinhas que faço para matar vontade de comer doce).

Com pouco tempo, já estou notando a diferença no corpo. As pernas estão mais torneadas, o braço diminui, enfim, estou gostando muito. Estou também muito mais disposta.

Meu objetivo hoje é chegar em 18% de gordura corporal. Meu percentual de gordura atual é cerca de 30%. Eu já consegui diminuir de 41% para 30% em menos de dois meses, conforme vocês conseguem ver (como a avaliação foi feita por métodos e equipamentos diferentes, não sei se de fato está apurado, porém, mesmo se a diminuição foi menor, ainda assim é bastante coisa):

O peso, não acho que importe tanto, mas calculo que 75kg seja bom para mim. Pelo meu IMC eu deveria ficar com uns 70kg, mas como minha massa muscular é alta, o nutrólogo acha que não preciso ficar com tão pouco.

Aí você me pergunta: Mas você já emagreceu e voltou a engordar tantas vezes, por que acha que agora vai dar certo? Eu acho que agora vai dar certo porque hoje a forma que encaro meu corpo e minha saúde é TOTALMENTE diferente do que encarei por toda minha vida.

É uma história muito longa, e essa entrada já ficou grande demais, mas em suma, só para vocês terem uma ideia, hoje eu NÃO QUERO mais perder peso, eu quero perder gordura. Isto porque hoje eu entendo que perder gordura é muito mais importante que perder peso.

Hoje eu também não quero mais ir para a academia para emagrecer, eu quero ir para a academia para me sentir mais disposta, para ganhar força, para me sentir mais confortável comigo. Hoje eu não quero mais fazer dietas loucas que me façam perder 10 quilos por mês, eu quero criar hábitos alimentares saudáveis que eu possa levar para a vida toda, mesmo que só perca 1 quilo a cada trinta dias...

Hoje eu entendo que criar novos hábitos, ter uma nova visão do mundo e de si próprio, é o único jeito de sair da obesidade para sempre... E finalmente eu me sinto confiante para parar de me ignorar, como fiz por tantos anos.

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01 agosto 2016

Peso:	Perdidos até agora:	Ainda faltam:	Dieta seguida:
85,8 kg	2,2 kg	10,8 kg	Razoavelmente Bem

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31 julho 2016

Hoje me pesei ao acordar, e vi que eliminei 1,5kg desde o último domingo. Achei bom, já que estava em um efeito platô há uns dias atrás, e parece que acabou. Porém, poderia ter sido mais... Não malhei tanto quanto podia, saí da low carb comendo arroz, e ataquei no cacau com leite em pó algumas vezes para matar a vontade de comer doce. Porém, acho que a gente não pode ser tão crítico conosco... Estamos num processo difícil, demorado, sacrificante... Sacrificamos hábitos de anos, sacrificamos prazeres universalmente vangloriados (comer e beber fartamente, socializar em volta de comida, etc), sacrificamos escapes sabidamente eficazes para nossos problemas diários (no caso de pessoas ansiosas e depressivas como eu). Então, perder alguns gramas já é uma vitória maravilhosa, que deve ser comemorada sim. Sempre que acho que estou perdendo menos peso do que deveria, lembro de uma guria que ouvi dizendo uma vez "se perdemos dois quilos por mÊs, no final de um ano teremos 24 quilos a menos. O que é um ano para quem foi gordo a vida inteira?", e então me acalmo :)

(11 comentários)

31 julho 2016

Peso:	Perdidos até agora:	Ainda faltam:	Dieta seguida:
86,4 kg	1,6 kg	11,4 kg	Razoavelmente Bem

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